segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Para Marcos B. L.



Presença marcante, diária.
E esse olhar, que através das lentes dos óculos de "nerd", decifram a minha alma, sem que eu possa me defender. Não que eu precise dessa defesa. Eu confio nele.
Estar do lado dele me passa segurança.
O fato de ele acreditar tanto no meu potencial, faz com que fique mais fácil eu acreditar nisso também.
É com quem eu posso contar, hoje e sempre. 
No meio de tantas referências e embasamentos teóricos, ele sempre tem tempo para me abraçar e me dizer que tudo ficará bem.Mesmo com os problemas dele, ele vem  me dizer que eu tenho que me cuidar, que eu tenho que mudar de atitude.
É meu amigo, é praticamente meu anjo da guarda, pessoa que eu agradeço muito por ter cruzado e permanecido no meu caminho nos últimos três anos, ficando do meu lado mesmo quando eu não queria ninguém a menos de 300m de distância.
Eu sei que esse não é o melhor poema do mundo. Eu sei que tu já escrevesses coisas muito mais lindas para mim. Mas, sendo bem clichê, como tu gostas.
"É de coração"
Te amo.

Angústia

Dividida em uma, duas, três, talvez vinte e cinco mil partes.
E sempre exagerada, tornando tudo uma grande tempestade que parece sempre ser inacabável e terrivelmente violenta, e que sempre deixa tudo bagunçado;
Mas a realidade é que a bagunça sempre está presente, por que ela nunca decide que caminho seguir, ela quer todos.
Quer estar um pouco em cada lugar, quer experimentar, viver de tudo um pouco.
Não se contenta só com uma opção, ela quer todas, ou no mínimo três, para que ela consiga se sentir importante de alguma maneira. Não para os outros, para ela.
É aquela constante necessidade de estar fazendo alguma coisa, de ser útil, de ser exemplo. Conseguir se destacar de alguma forma, ser mais do que a maioria, pois só assim valerá a pena todo o sacrifício imposto.
Só assim valerá a pena

sábado, 23 de junho de 2012

Bagunça



Você me bagunça, sim você me bagunça. Mas chega. Toda bagunça precisa ser arrumada.
Uma hora a minha bagunça teria que ser arrumada. E quando comecei a arrumar percebi que não valia a pena. Deixar as coisas se bagunçarem mais e mais. Eu só me afundaria, enquanto acreditava que estava me sobressaindo.
A verdade é que a tua bagunça interior invadiu a minha, e eu achei que poderia ser a oportunidade de me organizar. Ingenuidade minha, essa de acreditar que eu poderia me organizar com a tua bagunça.
Errado, de alguma forma. As coisas ficam erradas. Já eram erradas, mas insistimos em tentar parecer certo.
E pareceu para mim por momento. Mas o erro tem essa mania de tentar me convencer que não é errado. O erro me fez errante, e eu agora procuro achar meu rumo. 
Não que eu tivesse algum antes de perdê-lo.
Será possível perder o rumo e o prumo quando não temos nenhum dos dois?
Acreditando que tinha um rumo, perdi o prumo, e agora que vejo que na realidade esse rumo nunca existiu, então percebo que nunca tive nada. Que nunca fomos nada. E espero que seja verdade, o fato de que nunca seremos.
Porque tem horas que simplesmente viramos as costas, quando percebemos que não vale a pena.
E eu estou virando, estou me recusando. No more words, no more tears. Simple like that baby. It's better for us. 
E aparentemente é o que você queria. Você teve, e se foi. Na sua ida vai um rastro de bagunça. Leve sua bagunça para outros sweetheart. Para outras. Faça o que acredita ser certo, porque se eu fui seu erro, já não sou mais. Já não fui mais. Não serei mais.
Não mais.

sábado, 16 de junho de 2012

Espero




E em sonhos, somente em sonhos eu posso te ver agora.
E esses sonhos são tão raros, tão escassos.
Eu sinto a sua falta sabe. Sinto falta do teu riso, da tua alegria, da tua dança, do teu abraço. Da forma como tu me mostravas o mundo. De como me tratavas de igual para igual. E eu dividi tantos segredos, histórias, risos, sorrisos... E é isso que fica sabe. Essa lembrança boa da tua companhia.
Tantas pessoas eu conheci por tanto tempo, e tu em tão pouco, marcasse minha vida dessa forma tão bonita.
Eu sei que eu não deveria desejar que você estivesse aqui mas...É difícil sabe? A despedida é dolorosa, mas o que machuca é essa saudade insana que cada dia parece que aperta mais. O que faz afrouxar é o fato de que a lembrança da tua energia ainda está muito presente em tudo.
Espero que realmente seja verdade o que dizem, que a vida continua. Porque eu realmente espero te encontrar de novo. Eu espero que algum dia, eu possa te abraçar de novo, e possa ouvir tua risada.
Mas principalmente espero que você esteja bem. E que você receba todo o meu amor, e toda a minha dança.
Porque foi a dança que nos uniu, e é a dança que nos liga até mesmo depois da tua partida.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Talvez



E é isso aí
A gente pensa que dá, mas não dá. Que talvez aconteça, mas esse talvez cada vez mais vai se transformando em nada. Em lembranças, em poeira, em ressaca.
Lavado pelas ondas do mar e pelas lágrimas de cachaça de uma garota qualquer, que cai feito tola por qualquer um que faça o coração bater mais forte, da mesma forma que um cão faminto se apaixona por aquele que lhe oferecer comida.
E assim esse talvez foi levado pela correnteza, se tornando cada vez mais distante e impossível de alcançar. E deixa no seu lugar mais uma cicatriz entre tantas, entre tantos. Talvez um pouco mais profunda, mas não tão extensa.
E o que se pode dizer é "Deixa disso menina, esses "talvez" vem e vão. Lava esse rosto, joga um pouco de sal em cima da ferida, porque o que arde cura"
É, pelo menos ardendo já está.

domingo, 10 de junho de 2012

Flor azul






E eu sei que não existe nenhuma palavra a ser dita nesse momento, mas queria conseguir falar algo, fazer algo que pudesse te servir de consolo, minha flor...
Eu queria ter o poder de pegar tudo isso que está te fazendo triste agora, tirar do teu peito e jogar muito muito longe, tão longe que ninguém mais pudesse ver ouvir ou sentir.
Queria poder fazer com que teu coração se acalmasse, tuas lágrimas parassem de vir, e que a paz voltasse para ti.
Mas infelizmente eu não tenho esses super poderes... Mas mesmo não os tendo, eu tentarei de tudo que eu conseguir para amenizar teu sofrimento, para que teu céu volte a ser azul. Te trago rosas azuis, borboletas azuis, rosas, coloridas...
Tu por várias vezes me segurasse quando eu acreditei que iria cair, e agora é a minha vez de dizer: Eu estou aqui.
E eu estou. Para o que der e vier, sempre vou estar.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Mãos




E ele disse: Cigana, cuidado com as unhas
Vocês Ciganas, tem o costume de arranhar lugares perigosos
Com essas mãos que vêm de leve, sorrateiras, perigosas
Quentes.
Mãos que percorrem os caminhos da pele, que passam pelos limites do sentidos, violando fronteiras
Os segredos escondidos
Mãos que tapam lábios, impedindo o toque, o encontro
Mãos que encaminham, puxam, direcionam para as fronteiras
Lábios
Percorrendo toda uma extensão de arrepios e medos
Chegando em lugares, em curvaturas
Mas se negando ao toque entre iguais
Lábios e mãos que quando se encontram, junto com uma certa dose de limão, gelo, vodka e açúcar
Desobrem, desnudam
Atraem